quinta-feira, abril 28, 2011

Dias, os melhores, sempre.



É um dia antes. São duas décadas depois.
E nada demais a dizer. Mas é difícil não dizer nada.
Tá difícil viver e ver duas décadas chegarem assim,
de repente, do nada, são muitas pessoas, muitas coisas,
muitas vidas pra viver e pra manter, muitos abraços pra dar,
alguns muito bons pra receber, uns sorrisos pra lembrar na eternidade.

Sabe, na eternidade e a cada instante. Desde ontem sou assim fui sempre.

Não guardar nada, não quero lembrar de nada... que levar comigo tudo aquilo.
Todos os bons abraços, os bons amigos, as boas músicas, os grandes amores.
Quero levar meus melhores sorrisos, e as lágrimas todas do aprendizado.
Quero levar comigo todos os sambas e todas as luas caminhadas.
Não quero levar o que há de bom e só, quero levar o que houve de ruim pra aprender,
que a noite pode ser bem longa, mas o sol há de brilhar, e o dia há de amanhecer.

Quero saber comemorar as duas décadas como se fosse a primeira e como se fosse a última.
Quero saber dizer para as pessoas que as amo com toda a alma que eu tenho.
Quero saber dizer pra elas que os seus sorrisos vêm me dar bom dia.
Quero saber dizer a eles que sem tudo isso não dá pra ter motivo de seguir.

Quero fazer milhares de quadros com os nossos retratos e
colorir pra sempre nossa vida de colorido.

Eu não gosto do inverno. Eu não gosto nem do meio termo outonista que já é uma prévia de todo esse frio.
Não sei bem o por quê, mas não gosto. Parece que o frio de fora reflete o frio de dentro que já é latente em todas as esquinas, em todos os bancos de praça.
O frio do inverno tira todo o flerte leve e bobo dos dias quentes, dos homens sem camisa, das meninas de short. O frio do inverno tira todo aquele suor de qualquer pequeno beijo, de qualquer mão atada atrás das costas largas de um alguém.
O verão é como a liberdade da alma. A nóia ausente, a voz quente, meio rouca. O verão é a entrega total ao marasmo e aos óculos escuros tão sensuais.
O inverno faz ter muito pano entre as gentes. O inverno faz ter muita previsão pro fim do abraço. As mãos atadas são bem frias, as bocas tão roxas e sem sorriso.
O inverno não deixa as pessoas bonitas, bem vestidas, elegantes. Deixa as pessoas com vontade de ficar em casa, nada de festa, nada de dança, pouca cerveja, pouco samba, pouca gente, pouco amor, pouco calor de gente.
O calor ... ah o calor tem suas meias hora, pra entrar pela porta. Tem o coração que dispara, tem o cheiro quente, tem a cerveja gelada, tem a rua, os amigos, a noite toda.

domingo, abril 24, 2011

Eu posso guardar o seu sorriso numa caixinha ?



Não é bem isso. É bem mais... muito mais.
Eu queria colocar seu sorriso num lugar inalcançável,
um lugar especial dentro da alma entre os amores.

Porque é impossível explicar a paz do seu sorriso,
a paz que eu sinto e que inunda a alma toda...
Que faz da vida uma música erudita e bem bonita.

Um romantismo qualquer toda essa loucura de poesia.
Mas se não fosse o romantismo a explicar, o que seria?
O que pode explicar esse sorriso bobo que eu dou ou
essa lágrima feliz que deixa os meus olhos rasos d'água?

Não queria guardar nada de você numa caixinha, eu acho.
Queria mesmo era poder te espalhar pelo mundo,
tanto quanto eu acho que as flores deviam ser de todos...
Teu sorriso devia estar estampado nas pessoas.

Seria possível viver melhor te vendo por aí,
sorrindo nas pessoas bem mais.

sexta-feira, abril 22, 2011

"How wonderful life is while you're in the world..."





E o post que era pra estar aqui ontem era só sobre essa necessidade insaciável de escrever... e, hoje, já não é mais. Não existe nada de tão necessário no mundo que não possa ser deixado pra segundo plano perto do amor. E isso não tem nada haver com a saudade de longos meses ou com uma surpresa agradável, isso tem haver com pessoas.
Com essas pessoas, especificamente.
Pessoas de amar pra sempre.
Pessoas que fazer parte de mim tanto quanto o Sol e a dor fazem parte. Pessoas que são muito mais que bons amigos, companheiros quaisquer de copo e de colo. São companheiros de vida. São amores-amigos que valem a dura caminhada e a lágrima guardada, valem o sorriso encabulado da surpresa de hoje e das surpresas que eu estraguei no passado. Valem cada minuto de telefone, de ônibus, de espera e de abraço.
Amigos que são pros sorrisos e pros consolos, pras broncas e pros abraços, são amigos de parabéns e boa sorte, assim como são amigos de café-da-manhã, almoço, jantar e milhares de doces na madrugada. São amigos que valem o bom dia e pé na bunda.
Sei lá se esse post tem muito nexo, ou até se deveria ter... amigo assim não tem nexo, não tem lógica, não tem uma só música, não tem início, e o mais importante, não... não tem fim.
Talvez tudo isso seja só pra dizer o muito obrigada que eu fiquei encabulada de dizer mas que eu guardei pra te dar do jeito que eu sei fazer melhor...
Eu realmente amo vocês.

Estão aí, todas vocês <3

quarta-feira, abril 20, 2011



O destino eu não sei, pode até não existir...
quem sabe o que há pela frente? o que há no caminho?
Mas os anjos... ah, os anjos, eles sim, existem. Eles existem em cada sopro de vida, em cada lua bonita, em cada lágrima enxugada, em cada ombro amigo, em todas as mãos dadas, em todas as chuvas, em todas as brisas, nos raios de sol, na tarde na praia, nos bons drinques, nas imensas risadas, nos abraços apertados, nos olhos sinceros, no sorriso muito largo, nas melhores conversas, nos conselhos cuidadosos, no carinho, na dança, nas chuvas quentes... nas mães...
Os anjos existem.
Os anjos estão muito mais rápidos do que imagina a nossa sabedoria... podem te entender e te escutar e te consolar... e desligar o seu computador para fazer você parar no meio uma poesia triste e umas lágrimas bobas que se deixaram cair por um descuido qualquer.

terça-feira, abril 19, 2011

De sonho e sombra e luz, enfim...


"Ah, como essa coisa é tão bonita, ser cantora, ser artista,
isso tudo é muito bom.
E chora tanto de prazer e de agonia, de algum dia,
qualquer dia, entender de ser feliz.
(...)
Essa menina, essa mulher, essa senhora,
em que esbarro a toda hora num espelho casual...
É feita de sombra e tanta luz, de tanta lama e tanta cruz
que acha tudo natural."

Porque essa noite eu não vou conseguir dormir...
de tanto me esbarrar nos teus espelhos casuais,
já me perdi entre o que eu sinto e os teus sentidos.

Já não preciso mais te ouvir nem um segundo,
te escuto num rádio infinito que não me deixa em paz,
e nunca mais que eu quero desligar sua voz...

Se já não fosse um rádio infinito, também não ia precisar.
Já sinto sua voz como uma parte da minha alma,
uma parte feita de amor e luz, estragos e sombras...

Um amor tão grande e tão bonito. Feito de sonhos...
de sonhos e copos virados, e lágrimas e noites a fio...
porque se essa não é a primeira, não vai ser a última.

Porque a noite não é feita pra dormir, se tem você.
Se você é companhia, a noite é feita de sonhos...
Sonhos infinitos que eu não preciso dormir pra ter pra sempre.

"Que sem você, meu bem, não posso mais viver."

Tem gente que tem luz.
Tem gente que tem inevitavelmente uma luz linda.
Algumas pessoas conseguem demonstrar amor nos sorrisos.

Não sei bem explicar como é que se sente pessoas assim,
mas são dessas que o santo bate de primeira.
São pessoas tão iluminadas que justificam lágrimas...
Daquelas que fazem a alma fica meio trêmula.

Toda hora é um prazer falar com e para gente assim.
Gente assim tem karma de ser muito amado.
São as mãos que dá vontade de envolver nos abraços.

Eu conheço gente assim... que transborda carinho.
Que inunda a alma da gente de graça,
e dá uma vontade infinita de abraçar e cuidar...
Pra sempre. Porque é gente assim que vale a pena.

São os justificáveis. O fato deles existirem justifica tudo.
Justifica esse amor e essa beleza, essas lágrimas,
e as várias noites de sonho pra te ver dormir. Minha flor.

domingo, abril 17, 2011

Eu tenho uma saudade esquisita
uma saudade saudosista e nostálgica
uma saudade sem lembranças
sem memórias, sem fotos...

Uma saudade perdida no tempo
quase um dejavú romântico e poético
um devaneio qualquer cheio de cores.

Desta lembrança tenho o cheiro todo
de todos os braços dos abraços
de todas as praias, de toda areia
de todo pôr-do-sol de nunca.

Tenho certeza que essa saudade
é profunda como os olhos castanhos
marejados da tarde cinza de chuva...

que eu nunca vi,
mas que morro - quase -, morro de saudade.

Diz quem fica.


De todo o sentido da vida...
De tudo que faz a moenda girar,
faz do moinho da vida de vento.
De um só sentido, de ter gente.

Da falta de sentido na morte,
mil abraços apertados nos meus braços.
Da falta de sentido na dor,
muitos sorrisos guardados nos meus olhos.

Todo os dias, tudo o que se repete...
tudo o que mostra o que fica,
o que vai e o que de bom que há de guardar.

De toda a saudade que dá sentido,
do gosto, do cheiro, dos sentidos todos...
E de todo o amor que faz ser e estar.

terça-feira, abril 12, 2011

Estrada nova.


"Eu conheço o medo de ir embora, não saber o que fazer com a mão,
gritar pro mundo e saber que o mundo não presta atenção...
Eu conheço o medo de ir embora; embora não pareça, a dor vai passar.
Lembra se puder, se não der, esqueça... de algum jeito vai passar.
O sol já nasceu na estrada nova e mesmo que eu impeça, ele vai brilhar.
Lembra se puder, se não der, esqueça... de algum jeito vai passar.
Eu conheço o medo de ir embora, o futuro agarra a sua mão,
será que é o trem que passou ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora e nada que interessa se pode guardar.
Lembra se puder, se não der, esqueça... de algum jeito vai passar."

Oswaldo Montenegro, Estrada Nova

Nada tão simples ...

Mas não assim tão complicado.

É impossível dizer aos seus sentidos que não é assim tão complicado,
não é assim tão delicado quanto o toque, e os movimentos...
Não dá pra explicar que a vida passa num instante
se num momento você está desesperado pro tempo passar.

Não existe nada tão simples na tristeza de uma noite fria,
de uma tarde escura, de não ter sonhos pra sonhar.
Não é fácil estar sozinho numa multidão, num carnaval...

Não é fácil desapegar de velhos sentidos, velhas conversas,
velhos movimentos, velhos momentos... velhas memórias.
Nada saudosas.

Mas 'embora não pareça, a dor vai passar'.
Disse Oswaldo Montenegro e eu tendo a acreditar.
'De algum jeito, vai passar'. E o sol há de brilhar ...

Ele sempre volta a brilhar.
Depois de uma tempestade, o sol nasce ainda mais bonito.

"Se contem e eu já não caibo em mim."



"Agora o céu vai ficando claro:
você me esquece e eu me afundo."

Perfeitamente.

Se não fosse a Maria Maria, pra hoje, não ia ter canção.
Mas tem ... e eu 'sei perfeitamente que é um mal' ...

mas o que se há de fazer.

Não adianta fugir, se você não tem pra onde ir.