quarta-feira, junho 30, 2010

'Não havia espaço porque era luz...'


Ai que saudade louca da madrugada.
Do vento congelante que entra na alma.
Da música alta que era de fora pra dentro.
Dos sorrisos largados em todos os espaços.

Ai que saudade da madrugada louca.
Da música que vinha de dentro pra fora.
Dos pulos nos braços de abraços apertados.
Da lua risonha e fácil que brincava nos cabelos.

Que saudade que eu sinto de me jogar.
Dos mares abertos que recebiam meus olhos.
Dos olhos abertos que recebiam meus beijos.

Que saudade que eu sinto de gargalhar.
Das gargalhadas insanas e lânguidas de amar.
Das delícias da vida que eu senti passar...

passar...
passar.

segunda-feira, junho 28, 2010

'Quer saber...


quando é assim, deixa vir do coração...'

Nossa, esse embalo tão blues de fim de tarde
me traz uma paz de meia luz infinita...
Um friozinho de um outono azul bem claro...

Eu me deixo ir nesse embalo doce,
eu me deixo sorrir com o canto da boca,
e esqueço os tempos frenéticos; sou leve.

E sinto a brisa leve e passageira
soprando uma música baixinha no meu ouvido
e eu penso que só assim se pode ser feliz...

Se só existir a turbulência, eu vou estar,
como a brisa que passa, leve.
Porque me diz muito toda brisa que passa...