sábado, julho 31, 2010

grande amor... mentira.


Dos pequenos detalhes à dignidade do final,
eu fui sempre sincera, pior que fui.
A pior parte em tudo isso foi ser realmente.
Eu nunca tinha sido, antes não fosse.

Eu não minto debaixo das cobertas,
eu não minto de mãos dadas a noite...
Eu não minto se a lua testemunhar.

Eu jurei tudo pra sempre, sincero.
E não acaba assim, vai demorar.

Mas, strong enough, você sempre soube.
É tudo muito pouco, seus meio sorrisos.
Sem rancor, o ódio é forma mais pura
de amar alguém desde sempre.

E, eu nem sequer te odeio.
Te quero longe, far far away.
Na sua sempre terra do nunca.


Eu repetiria Shakespeare do post abaixo.
Mas, preferindo Chico:

"Me atirei assim de trampolim, fui até o fim,
um amador.
(...)
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito, exijo respeito,
não sou mais um sonhador."

sexta-feira, julho 30, 2010

do amor, que eu bem sei...



Um dia há de haver coragem pra dizer tudo,
fazer do bom silêncio meu maior argumento.
Amadurecer todas as dores dos amores,
deixar cair todo o diamante guardado nos olhos.

Os nossos loucos amores de diversas cores,
os nossos eternos sorrisos das madrugadas.
O meu longo dizer de não querer mais nada...

Nada de tão sério, como nossos abraços antigos,
algo como as nossas lembranças do cais, do céu.
Eu queria poder lembrar saudosista das mãos dadas,
das enormes gargalhadas, da pracinha, do parque.

E se já é tarde demais, se não voltaremos atrás,
é melhor a gente se achar no caminho, sozinho.
Agora sim, eu já falei por mim, agora, eu vou.

"De almas sinceras a união sincera.
Nada há que impeça: amor não é amor
se quando encontra obstáculos se altera
ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
que encara a tempestade com bravura;
é astro que norteia a vela errante,
cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
seu alfange não poupe a mocidade;
amor não se transforma de hora em hora,
antes se afirma para a eternidade."
-William Shakespeare

E o meu, sempre sincero nos teus olhos,
não desiste, não foge à luta, não se altera...
segue adiante, um passo à frente,
pra onde bem sabes...

"Quando você me deixou, meu bem,
me disse pra ser feliz e passar bem."

quarta-feira, julho 28, 2010

ludo real


Eu pensei nas canções todas, nas paixões todas,
nos sorrisos todos, nos olhos azuis, todos...
E nem assim te toco, nem de longe.

Se aquela música não tivesse tocado,
eu não saberia o que te dizer hoje e sempre.
E não dá por metade dos sentidos.

Se o que o seu olho desperta fosse escrito,
teria os acordes da mais bela sonata, ou não.
Teria teus acordes, teu timbre, tua caligrafia.
Que, pra mim, é tua a mais bela canção.

Canção que nem precisa ser escrita,
ela já é tida no meu pobre coração.
Meu grande poeta, tua poesia me leva,
onde o coração já cansou de te esperar.


"Se eu não te amasse tanto assim,
talvez, perdesse os sonhos dentro de mim,
e vivesse na escuridão..."

terça-feira, julho 27, 2010

Ali, tão sempre perto...


Eu não sei se eu saberia quanto de amor cabe...
Que cabe num abraço, que cabe na mão dada,
que cabe no meu colo, que cabe num sorriso.

Eu não sei se eu saberia quanto de amor se dá...
Se dá por um passinho, se dá por um beijinho,
se dar por três dentinhos, se dá por um sonzinho.

Você, no diminutivo, é todo o amor do mundo.
Por você, todas as vidas, todas as idas e as vindas.
Seu sorriso vale as horas de estrada,
vale as horas mal dormidas, vale o cansaço do dia.

Seus primeiros pequenos passos, tão pequenos,
na minha mão que cabem e em todos os abraços.
Seus tímidos sorrisos, vestidos de toda a graça,
dá sentido de novo aos meus bobos sorrisos.

Ah, como eu te amo, princesa.

meio.


Eu acho que em dias assim a gente não devia escrever.
O céu não está radiante, não está nublado...
A única cor que eu podia ver enchia meus olhos,
de tal forma, que eu já não consigo olhar mais.

Mas já é tão tarde, já se foi a sorte, a morte...
Já não choro mais meus pesares passados...
Já não sinto mais tanta fome, tanta sede...

Agora, já sou forte o bastante. Levanto e vou. Voo.
Vou embora. Vou embora pra onde seja o meu lugar.
Aqui já não me encontro, nem nas esquinas...
Nem na noite, nem na lua. Nem montanhas bastam.

Estou pronto pra desatar velhas correntes...
Correntes tão incoerentes da corrida.
Já não sou do navio negreiro, nem quero trem.

Sou de outras correntezas, das estrelas.

(8) Num trem pras estrelas, depois dos navios negreiros,
outras correntezas... (/8)
-Cazuza

quarta-feira, julho 14, 2010

e de cinza... e água.

Assim, nossas conversas partidas,
entre o eu e o nós...

Meio triste, meio Chico,
meio a meio...

-Como vai você?
-Aqui só anda chovendo...
-Aqui também chove.
-O céu está cinza, mas andei saindo.
-Também. Dei uns sorrisos de leve...
-Nada muito profundo.
-Nada muito profundo.

E no final,
nos barulhos repetidos de uma ligação desligada,
ouve-se de um lado e de outro,
sem que a gente se possa escutar...
um sussurro muito baixo,
muito triste,
muito tenso...

-Saudade.
-Saudade.

se faz de conta...


Eu só sei assim, que sinto uma falta inacreditável de você.
Sinto uma falta inacreditável daquilo que fomos, juntos.
Sinto uma falta que é só falta. E só. Mais que vazio.
Vazio é preenchido, de alguma forma. Nada preenche.

É como sentar no rio, sozinho. É como andar sozinho.
É como ler aquele poema, sentada na chuva, sozinha.
É como escutar aquela música, baixinha, sozinha.
É como dançar loucamente, sem você, sozinha.

A vida é uma solidão estéril de todo um passado lindo.
E todo passado lindo é preenchido de um tempo,
um tempo, pra mim, inesquecível e imprescindível.

Mas passado, que é passado mesmo, memorável,
fica assim, nesse meio estado de nostalgia e lágrima.
Porque eu sinto que o meu passado, só passou bem,
porque passou com você. Você passou minhas horas.

E teriam passado lentas se não fosse o seu sorriso.

Meus sorrisos inesquecíveis.
Meu melhor passado de um futuro potencial...

(L) E, de todos, foi bem mais pra vc.
G. P; A; T; H; M; R.

segunda-feira, julho 12, 2010

Tocando o infinito...


A minha geração não acorda cedo.
Apesar de perder lindas manhãs,
acordamos lindamente às 11h.
A minha geração toma coca-cola,
do café da manhã ao lanche da madrugada.
Nós não somos a geração saúde.
Não fazemos exercícios, tomamos coca-cola,
comemos batata frita e pão de queijo.
A minha geração fala muito! Ri um riso alto
e dança... dança loucamente!
A minha geração perde muito tempo,
no msn e nos malditos atrasos.
Somos muito espaçosos e só pensamos naquilo!
A minha geração é inconseqüente.
É louca. É porra-loca! É insubordinável.
A minha geração estuda muito;
corre muito e é estressadíssima.
A minha geração se diverte deveras!
A minha geração enche a cara mesmo.
.
Mas, daqui uns anos, seremos comuns.
Uma geração cheia de manias de velhos
com roupas bem passadas e gel no cabelo,
relógio no pulso e cartão de ponto.
Seremos confundidos com o que fomos,
seremos uns e outros na multidão.

Exceto pelo brilho nos olhos que restará.
Brilho de lindas lembranças.
Brilho de uma vida muito intensa,
de amores loucos e de muita felicidade.

Sem ontem, nem amanhã,
quero aproveitar (com) vocês!

Geração, sociais 010!

domingo, julho 11, 2010

uma ilha, centenas de milhas...







arranhões na sala escura;
mordidas num corpo nu;
vestígios de muitos amores,
inesquecíveis.

olhos d'água nos olhos;
mãos nas costas largas;
vestígios de muitos suores,
imprescindíveis.

as meias luzes acesas;
no ar o vapor das bocas;
vestígios de muitas músicas,
inenarráveis.

são lembranças de um frio,
de um longo inverno,
muito bem acompanhado...
infinito.

sexta-feira, julho 09, 2010

É lá que eu vou estar...



O meu lugar é onde eu posso deitar
deitar num abraço infinito...
Infinito e quente.
Quente do vapor dos olhos.

O lugar onde eu deito é como
um jardim, imenso...
E é lá que eu quero morar.
Lá, na imensidão.

Lá, tem meia luz de olhos negros.
E um vermelho fulgurante...
Meu lugar é completamente encantado.

É um lugar acompanhado.
Acompanhado de olhos rasos d'água,
e inúmeros sonhos em tons de azul.