sexta-feira, julho 30, 2010

do amor, que eu bem sei...



Um dia há de haver coragem pra dizer tudo,
fazer do bom silêncio meu maior argumento.
Amadurecer todas as dores dos amores,
deixar cair todo o diamante guardado nos olhos.

Os nossos loucos amores de diversas cores,
os nossos eternos sorrisos das madrugadas.
O meu longo dizer de não querer mais nada...

Nada de tão sério, como nossos abraços antigos,
algo como as nossas lembranças do cais, do céu.
Eu queria poder lembrar saudosista das mãos dadas,
das enormes gargalhadas, da pracinha, do parque.

E se já é tarde demais, se não voltaremos atrás,
é melhor a gente se achar no caminho, sozinho.
Agora sim, eu já falei por mim, agora, eu vou.

"De almas sinceras a união sincera.
Nada há que impeça: amor não é amor
se quando encontra obstáculos se altera
ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
que encara a tempestade com bravura;
é astro que norteia a vela errante,
cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
seu alfange não poupe a mocidade;
amor não se transforma de hora em hora,
antes se afirma para a eternidade."
-William Shakespeare

E o meu, sempre sincero nos teus olhos,
não desiste, não foge à luta, não se altera...
segue adiante, um passo à frente,
pra onde bem sabes...

"Quando você me deixou, meu bem,
me disse pra ser feliz e passar bem."

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