quinta-feira, junho 30, 2011

Três.



"É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar,
promessas que me fiz e que ainda não cumpri.
Palavras me aguardam, tempo exato pra falar,
coisas minhas, talvez você nem queira ouvir."


Das outras tantas do fato de sermos mil em sermos um só...
Do medo de ser mais que duas, sendo muitas quando dá...
De ser uma pior que todas as outras. Só pra variar.

No fundo, tudo isso é uma bobagem. Eu ouvi, de você.
E é a verdade, afinal... é uma bobagem ser muitas.
Quero conseguir bancar uma(,) só(,) sendo milhares.

Quero ser a Nikole. Contendo todas as mulheres do mundo.
Tendo também todos os homens dentro de mim.
Quero ser a de dentro e a de fora, e a de ontem...
E a de sempre. Do lado a lado, da força, da guerra.

Acima de todas elas, quero ser a que não quebra.
Porque é macia. É a do amor. Feita de e para o amor.
Que essa, mais que todas as outras, é a que some...
E a que é feita pra acabar. É a de hoje, pra sempre.

Porque a de todo o tempo, é a dos estilhaços de estrelas,
do Chico, do cão, do leão. É a de toda poesia caída no chão...

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