sábado, julho 09, 2011

"O que te diz a brisa que passa?"



As vezes eu penso que as pessoas levam a vida à sério demais. É muito sério o sexo, o amor, as dores, as pessoas, os sentimentos, até as festas são sérias... as músicas tem que ter um fundo de sei lá o quê, as conversas tem que falar disso e blábláblá...
As vezes a vida devia ser leve e tranquila... as conversas podem levar a lugar nenhum, com nenhum fundo de seriedade, a brincadeira é o que eleva a alma do homem ao mais profundo enriquecimento humano: a felicidade...
As vezes eu penso que as pessoas pensam demais. É o pensar no trabalho, nos amigos, nos filhos, nos pais, no jantar, no cartão de crédito, no país, nos estudos, em Marx, em Deus, na morte... Pensar demais faz das pessoas tristes e sérias... Quem me dera ser o Jesus de Drummond... que corre e brinca e passeia e adormece.
Nos meus olhos eu queria sentir menos tristeza, menos seriedade, menos pensamentos ... como são os das crianças. Sentir que a brisa leve que passa, passa e é leve e só... sentir na simplicidade das pequenas coisas motivos incríveis pra sorrir... As conversas não precisam ser sobre o futuro da humanidade, podem ser apenas sobre pessoas, sobre sentidos... com gente leve e risonha, como devem ser os amigos.
A necessidade de fazer tudo ter sentido parece que é a ausência de motivos e razões verdadeiras pra ser feliz... mas saiba, se é isso que você procura na seriedade de conversas tolas... você não vai encontrar. A felicidade está em coisas simples, como qualquer linha simples que se escreve correndo pela necessidade simples de ficar mais leve no fim.

2 comentários:

Anônimo disse...

É importante ter um e ter outro.
Saber conciliar leveza e seriedade.
Há tanta bobagem e tanta profundidade na discussão sobre Marx quanto no sorrir ao brincar com bolhas de sabão.
O mundo pede por discussões e as bolhas de sabão por sorrisos.
Discutamos e sorriamos!
A vida não é sempre alegre, nem sempre séria! Deve haver espaço para cada momento... e cada momento deve ser pleno.

Anne disse...

É, conseguir, sem muito esforço, encontrar a beleza em coisas simples é certamente um caminho pra ser feliz. Banalizar o simples é como escolher o caminho mais difícil para uma vida boa.