terça-feira, março 24, 2009

Poema sujo. Estético, feio.


No seu corpo nu uma constelação de todos as inspirações
que os grandes poetas usaram. Sangue e suor mostrados
nas suas veias poéticas e o no suor que escorre do seu
lindo corpo moreno deitado, cansado dos meus amores.

'Arrombo o meu coração ou eu arrombo a janela'.
A janela gradeada do seu quarto claro e belo,
cor-de-rosa, choque. Truque banal para impressionar
os olhos de descoberta presos aos seus traços.

Traços perfeitos que fazem ligação tênue entre as palavras
habituais dos poemas mal feitos que eu te mando todos os
dias pelas manhãs ou nas noites diversas distraída entre
um ponto, a interrogação, as reticências que eu não leio.

Nem tudo se é necessário ler. Os exercícios do meu coração
limitam-se a encontrar seus dentes separados na frente
abertos em um sorriso límpido gritante nos meus lábios que
de amor estão submersos no mar de véus que eu criei pra nós.

O amor é o fim da picada!
(Ou não, sempre uma opção...)