sexta-feira, outubro 31, 2008

Moderníssimos.


Eu queria fazer poesia engajada.
Falar de escândalos e repercusões,
sobre a atualidade e a pobreza,
e sobre favela, e fome, e Brasil.

Mas não o sei, sou árcade demais.
Eu quero uma casa no campo e fuga.
De um fugir do que eu sou aqui,
dessa pessoa que não sou e não quis.

Mas poesia marginal é mais complexa.
É difícil não imaginar Ivete no verão,
e um 'pancadão' numa noite dessas...

Poeta marginal deve cantar mais.
Esse povo que sofre, chora e luta.
E que sorri, e vai levando, vai levando.

Admiro-os demais. E sempre mais...
Não sou como eles, nem poderia, não dá.

Por isso os desejo amplificação de obra.
E sempre que possível, sua fã. Aos visionários.

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