domingo, junho 19, 2011

Chove muita flor.



Duas poesias concretas, uma arte final.

Concreta. Toráx de Superman e coração de poeta.
Por entre as duas, sendo muitas, me perdi.
Estou perdida entre as duas almas, sem me perder.
Sei exatamente quem são, indissociáveis.

Talvez seja muita gente mais que só duas...
É a triste e a feliz. A com dor e a doação...
É a feita pro amor e a feita de amor.

É uma menina pequena brincando de rodar.
É uma mulher sincera e discreta, ainda por aparecer.
A senhora muito velha que adora sofá,
e a neta sapeca que come brigadeiro e toma chuva.

São dois tipos de estrela, dois tipos de cansaço,
dois brilhos nos olhos, duas cores, duas mãos...
São dois braços... pra um único abraço.

Confessando bem, é uma, e não é só...
É só... mas é de solidão. E não é bem simples.
É a arma, a armadura, a fechadura e o coração...
São muitas pra chegar, finalmente, na que é amor.

As vezes, elas todas, elas duas são amor.
Porque a que é amor, nunca deixa de estar.
Mas a que te quer felicidade é a que te espera chegar.

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