quinta-feira, julho 09, 2009

Hoje é dia do sonhador. Falar de amor na tarde que cai, em Itapuã.



Se pertencer a Vinícius. Pode-se mesmo pertencer.
Tudo o mais que é paixão, não é paixão.
É pouco. Tudo o que é mágico e forte, poético,
É do vagabundo. Vinícius, Vininho velho.

Mas pra ser Vinícius há de ser docemente forte.
O whisky, a música, o poema, as mulheres.
Até os amigos. Até quem admira de longe,
como se fosse paisagem, tem que ser forte.

Porque Vinícius era forte. Sutil, doce, e velho.
Na morte, na vida, nos amores, nos olhos.
Mesmo chorando sobre os poemas de amor.

Ah, esse poeta, me faz chorar, e a todos.
É como se no coração tivesse um espaço
pra ninguém ocupar, só sua poesia. Velho.

Mas meu amado passional? Não é possível.
Enxergar de tão perto faz perder o idealizado.

Meu poeta vagabundo, passional. Tenho medo.
Como há de espelhar-se assim no nunca mais?

Doutor das mulheres e das paixões. Tempestade.

Devasso apaixonado viciado. Ironicamente nacional.

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