Finalmente eu descobri minha vocação.
E sei que ela definitivamente não dá dinheiro,
não ganha nenhum Nobel e não vai pro Guinness.
Minha vocação nada tem de extremamente útil
no sentido técnico ou científico do termo.
Minha vocação está infinitamente ligada a pessoas.
Pra isso e só pra isso eu sei que nasci: pra ser amiga.
Companheira total de corpo, de copo, de alma, da vida.
Pras mãos dadas, pros braços estendidos, pra disposição.
Meu único motivo de acordar cedo é esse amor...
Amor desprendido que troca faculdade e compromisso,
que larga os artigos, a política, a corrupção e o jantar.
Que pára no meio de qualquer almoço pra ficar no telefone.
Minha vocação tem qualquer coisa de muito vaidosa...
É pura vaidade ser totalmente deles e estar à disposição,
pra ouvir e pra ser sincera, pra beber e pra dormir, junto.
Não sei se com isso eu consigo qualquer coisa que dê orgulho,
não sei se poderia me sustentar assim,
mas é por ser AMIGA deles que eu sou TÃO feliz.
E, pra mim, isso é BEM mais importante que qualquer outra coisa.
"E eu me estreitei assim bem apertado, deixando vocês cada vez perto.
E diminui o tamanho do meu abraço, até caber só vocês...
ninguém mais."
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