quinta-feira, julho 14, 2011

sem parar. sem-parar. semparar




Reles mortais. Que bobagem. É tudo uma loucura.
São pessoas que entram e saem e olham e deixam de ver.
É gente que sobe e que desce, vai-volta, e se esquece de ser...

É um buraco no meio da terra, pro centro da terra, pra escuridão.
É o reflexo dos olhos dos homens, com fome, olhando pro chão.
É gente demais que vem e que vai e que vão, no vão, pro vão...

É o retrato de tudo o que eu vi, de gente demais...
É o que a vida ensina, da oficina, do office-boy, é um rapaz.
É a correria e o tumulto, eu ouço um insulto... ninguém mais.

Só correm, trabalham, estudam, não pensam na guerra,
são incapazes de ouvir ou de sentir o tremor da terra.
E na porta automática que emperra sua vida ele enterra.

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