quinta-feira, setembro 30, 2010

pega vida em mim.


Eu sou de tudo um pouco. Um pouco de tudo.
De toda a barbárie, de toda a revolução;
de todo o riso, de todo canto, de toda praça.
Um pouco, um tanto, um canto, sem fim.

Eu sou das muitas piadas sem graça, pra rir.
De um fim de tarde, de supermercado, de bar.
Eu sou fim de festa, eu sou sol, eu sou só.

E eu posso ser bem mais que todo esse medo,
bem mais que um segredo, bem mais que o vento.
E a todo momento eu posso. Eu posso. Mais.

E eu já não tenho medo, nem segredos,
nem tenho nada, nem mãos atadas, não tenho.
Por isso eu vou, eu sou, eu quero, eu posso.
E, por que não? Você não? Eu fui.

"(...) Deus me livre de ter medo agora,
depois que eu já me joguei no mundo.
Deus me livre de ter medo agora,
depois que eu já pus os pés no fundo.
Se você cair, não tenha medo, o mundo é fundo."
-Gilberto Gil

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