segunda-feira, setembro 26, 2011

Bons irmãos.



São esses poucos escolhidos, não a dedo,
mas com o coração. Com a alma de quem sente
que ali mora um amor que é seu e que em você
existe um amor guardado só pra ele e que não será
de mais ninguém.

Ter amigos faz a gente ser melhor.
E nada é altruísta na vida... eu sei. Mas o fato de
querer fazê-lo feliz e se sentir bem, nada tem com o
fato de se sentir bem com o sorriso dele.
Secar sua lágrima ou deixa-la escorrer no momento
necessário também é função de bom amigo...
É difícil ver um amigo triste... no meu caso, sinto mais
do que se a dor fosse comigo.
Dizem, os meus amigos, que eu tenho um espírito meio materno
meio sentimental demais, mas não é isso... é que pra mim,
amigo é coisa séria.
Levo muito a sério me divertir com eles.
O prazer que lhes tenho com a companhia é algo sério.

E é por isso tudo que eu estou aqui.
Diz a música:
"Acredita em anjo? Pois é...
Por isso estou aqui. Vim cuidar de você,
te proteger, te fazer sorrir e quando estiver cansada,
cantar pra você dormir
."

quinta-feira, setembro 22, 2011



São eles que chamam muita atenção.
Excessivos e loucos, excêntricos, todos...
São inconstantes e isso os faz extremamente atraentes.

E eu sou quadrada. Branca, vez ou outra, pálida.
Seria então, José, duro demais?
Gostando sempre das mesmas músicas,
dos mesmos excessos e das mesmas loucuras.

Pra você que hoje é chuva, amanhã é sol...
Eu sou brisa que passa, constante e permanente.
Você já percebeu que eu estou sempre ali?

Eu saio pra dançar com a mesma roupa, mas sem parada.
Porque em mim nada é feito pra acabar, é tudo pra durar.
Mas o que importa realmente é o mesmo samba,
sem perder, pra amanhecer, saindo sempre pra sambar.

terça-feira, setembro 06, 2011

Mais e mesmo.




Ninguém nos diz que é 'nunca mais' vinte anos.
O último minuto já passou, o próximo não se sabe se virá.
Não se tem gênio nem adianta enganar a dor,
os bons momentos passam, lágrimas hão de secar.
Nada é muito certo, o que foi ontem, não é hoje,
pode ser amanhã e vai saber se há tempo pra mais.
A água corre e a brevidade não cabe em dois minutos.
Da única coisa certa, os ditados certos de vó, a morte.
Arrisca-se a felicidade em qualquer minuto distraído,
a tristeza sabe-se que virá, mas como veio há de ir.
Dá pra curtir aquela saudade de boas lágrimas,
aumentado o brilho das estrelas no amor de chamego.
Sai que nem água de rio, escrever assim sem parada,
volta a música pro começo pra saber da melodia,
que no começo já é o fim de tudo e esvai depois.

Nós, esse amor.



Tem amor, do maior do mundo,
que é só tendo pra saber.
Da cria que se tem, da cria que se é,
desses que é só pra quem sabe ser.

E soa saudade, a nossa melodia,
que é música e lembra um nós
ouvir segura na minha mão, me guia.

Saudade que já me pesa os olhos,
de um ninar de melodias cantadas,
Pra saber que nos nossos passos,
mais que pés, éramos mãos dadas.

Do amor parceiro, de cumplicidade,
que faz falta, a saber dessa distância,
rimar nosso encontro com felicidade.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Eu não sabia explicar nós dois.




Era ela nossa queda de braço.
A queda de braço era ela,
porque era ela, porque era ele,
porque era eu, nós, uma quadrilha.

Eu lhe chamava atenção pelas mãos,
ele lhe mostrava olhos cansados para colo.
Eu lhe atentava ao charme do sorriso,
ele, circunspecto, lhe falava da vida.

Não fossemos dois, não fosse a disputa,
seríamos perfeitos e completos.
A alegria e o cansaço, olhos distantes e vivos.

Se não fosse ela, tão charmosa nas formas,
nos distrairíamos um com o outro,
mas, ciumentos da própria vaidade, estancamos.

E se não fosse ela, seríamos dispersos,
e por ela, sou dispersa e nessa folha solitária.

De um charme, do fim, o cabelo,
me segura sem muito... ainda, até sempre...

Porque era ela, porque era eu. E só.

Closer.



Ele diz que é sinestesia
o que eu sinto em mim, poema,
eu diria que são sentidos.

Da vontade que eu tenho de rir
quando sinto teu cheiro quente
e sei o gosto que tem teus braços
quando me aperta com vontade.

Se não fosse sinestesia
eu diria que era a bebida
que eu nem bebi e flutuei assim...

De uma mão nas costas
que me embaraça a visão
e se enconsta, você, quente
e me salta aos olhos esse teu cheiro.

Ai se não fosse o calor,
seria a cor quente da tua vontade
que me desperta, na pele, um arrepio.