domingo, julho 17, 2011



E eu vejo nos olhos dela uma felicidade...
uma beleza de sorrir leve, quase lânguida.
É assim que eu quero ser, tão livre.

Tão feliz e tão mulher no amor de todo dia,
seu sorriso, num bom dia, um beijo, em paz.
Se não for assim, não quero não...
prefiro ter um cachorro grande como o dela.

Gente, que moça bonita, como descrever?
Seu vestido bonito, no corpo bonito,
seu jeito cheio de graça de dançar.

Dançando, como era bonita, luzes apagadas,
acesa somente a luz dela, flutuando ali...
Abraçada daquelas que abraça leve e beija
de uma paixão calma... ela, tão feliz, como eu quero.

sexta-feira, julho 15, 2011

Mas acontece que eu sai por aí...



Eu tenho tanta coisa para escrever,
milhares pra te dizer,
nem sei por onde começar...

Mas o que me emperra é a obrigação
que eu mesma me impus de escrever
e sempre mais e melhor e assim
estresso por tentar desestressar...

Se a fuga eram as letras
a obrigação me faz enlouquecer.
Então, parem de ler.
Vou parar de escrever. Por agora...

Eu quero agradar todos vocês,
lhes arrancar sorrisos leves.
Mas, por hora, não posso mais.

Vou dar um tempo de pensar...
vou ouvir Chico saindo por aí,
ver filmes que vão encher os copos
e ficar no sol pra encher o corpo...

e aí, volto em paz, mais tarde, talvez.

quinta-feira, julho 14, 2011

sem parar. sem-parar. semparar




Reles mortais. Que bobagem. É tudo uma loucura.
São pessoas que entram e saem e olham e deixam de ver.
É gente que sobe e que desce, vai-volta, e se esquece de ser...

É um buraco no meio da terra, pro centro da terra, pra escuridão.
É o reflexo dos olhos dos homens, com fome, olhando pro chão.
É gente demais que vem e que vai e que vão, no vão, pro vão...

É o retrato de tudo o que eu vi, de gente demais...
É o que a vida ensina, da oficina, do office-boy, é um rapaz.
É a correria e o tumulto, eu ouço um insulto... ninguém mais.

Só correm, trabalham, estudam, não pensam na guerra,
são incapazes de ouvir ou de sentir o tremor da terra.
E na porta automática que emperra sua vida ele enterra.

sábado, julho 09, 2011

"O que te diz a brisa que passa?"



As vezes eu penso que as pessoas levam a vida à sério demais. É muito sério o sexo, o amor, as dores, as pessoas, os sentimentos, até as festas são sérias... as músicas tem que ter um fundo de sei lá o quê, as conversas tem que falar disso e blábláblá...
As vezes a vida devia ser leve e tranquila... as conversas podem levar a lugar nenhum, com nenhum fundo de seriedade, a brincadeira é o que eleva a alma do homem ao mais profundo enriquecimento humano: a felicidade...
As vezes eu penso que as pessoas pensam demais. É o pensar no trabalho, nos amigos, nos filhos, nos pais, no jantar, no cartão de crédito, no país, nos estudos, em Marx, em Deus, na morte... Pensar demais faz das pessoas tristes e sérias... Quem me dera ser o Jesus de Drummond... que corre e brinca e passeia e adormece.
Nos meus olhos eu queria sentir menos tristeza, menos seriedade, menos pensamentos ... como são os das crianças. Sentir que a brisa leve que passa, passa e é leve e só... sentir na simplicidade das pequenas coisas motivos incríveis pra sorrir... As conversas não precisam ser sobre o futuro da humanidade, podem ser apenas sobre pessoas, sobre sentidos... com gente leve e risonha, como devem ser os amigos.
A necessidade de fazer tudo ter sentido parece que é a ausência de motivos e razões verdadeiras pra ser feliz... mas saiba, se é isso que você procura na seriedade de conversas tolas... você não vai encontrar. A felicidade está em coisas simples, como qualquer linha simples que se escreve correndo pela necessidade simples de ficar mais leve no fim.