segunda-feira, janeiro 17, 2011

"Só por te lembrar, saudade..."


Sinto saudade de um tempo que eu não sei bem se é um tempo... é como que um sentimento. É bem um sentimento sentir que o tempo não era um tempo ... era bem parecido com o infinito.
Era um tempo nosso toda esse universo de não ter tempo pro riso e pro abraço... Não ter tempo exato pra correr e pra chorar... Não ter um tempo certo pra sentir companhia em qualquer lugar. Era um tempo todo preenchido de espaço ... de um espaço de paz tão nosso e tão bonito.
Eu era feliz sozinha porque eu tinha vocês como companhia até na ausência. Na ausência do sorriso, era a certeza de um abraço. Na ausência de uma certeza, era uma lágrima intensa. Na ausência da presença, era a certeza da voz e da lembrança... que eu levo comigo, como se fosse (e é) uma das partes mais bonitas dos meus braços e dos abraços que eram tantos.
Mesmo sem assunto nenhum ... a companhia se fazia silenciosa, ensinando que o tempo não é nada ... que o tempo não passa quando a gente não quer, o tempo não era nada além de tomar sorvete, comer pizza, assitir filme e varar noites a fora ... por prazer de acompanhar os olhos mais emocionantes do mundo... os olhos que me ensinaram a ver o mundo com olhos de menino.

Eu amo vocês e sinto uma saudade imensa de não precisar sentir saudade.


terça-feira, janeiro 04, 2011

Do velho e do novo, o amor como um todo...


Do velho que já é um brinde numa foto...
Um sorriso in memorian.
O que já foi e se amou e brilhou e doeu demais...
Pode ser um pranto lembrado, e só.

Do novo, que é todo o amor,
e o amor como um todo.
Do novo que é velho e é lindo,
e é um sorriso criança desde sempre... mãos atadas.

Nada é como antes, e nem nunca será...
Mas de longe, parece que mudaram a brisa...
E do velho que retirou-se e do novo que resolver abraçar.

Uma saudade branda, com sorriso...
Do velho amor grande e forte que já é lembrança, boa.
Do novo que é o que faz ser forte... a brisa forte.

Do velho e do novo, do amor como um todo...
é tudo o mesmo. Os mesmos lugares. O mesmo.

Os mesmos. "Do gosto que muda de quando em vez..."