domingo, agosto 08, 2010

sempre necessário.

sempre se faz necessário pagar a língua!
sempre.

o dizer sempre inocente,
a esperança, não condizente...
o amor, que não é leal.

enfim, de que adianta ensinar,
se já não se é poeta?
nem crente, nem bom, nem nada.

eu disse, e já não tenho por onde dizer.
eu fiz, e, por um instante, me arrependi de fazer.
eu lutei, quantas batalhas em vão...

"(...) De lá pra cá não sei,
Caminho ao longo do canal ...
Faço longas cartas pra ninguém
E o inverno no Leblon é quase glacial.

Há algo que jamais se esclareceu,
Onde foi exatamente que larguei,
Naquele dia mesmo,
O leão que sempre cavalguei.

Lá mesmo esqueci que o destino
Sempre me quis só.
No deserto sem saudade, sem remorso só.
Sem amarras, barco embriagado ao mar...

Não sei o que em mim
só quer me lembrar
Que um dia o céu
reuniu-se à terra, um instante, por nós dois
pouco antes do ocidente se assombrar..."
Adriana Calcanhoto

faz todo sentido do mundo.

quem diria, lindíssima,
um menino...

que se criou em tão perto,
um menino.

nada de dó do menino,
josé...

porque agora, o menino sabe
pra onde vai... e você, josé?

"José, para onde?"